"Um passo. É apenas um passo dentre tantos outros perdidos no espaço, nem sei porque faço se às vezes não vou em qualquer direção, será contradição? Não sei se eu acho, será régua ou compasso..."
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Sarau Multimídia - A proposta do Blog
Há 1 mês dei início às atividades desde Blog com crônicas e ensaios em forma de texto. Procurei extravasar aqui as idéias que não cabiam nas letras das minhas canções. Sem me preocupar com um formato definido, misturo versos, prosas e dissertações tentando apenas ser fiel aos meus lampejos de lucidez (ou será de insanidade?). Mas os textos são apenas a primeira parte do projeto que batizei de "Vertigem Crônica". A idéia é criar um Sarau Multimídia. Um sarau é a manifestação de diversas formas de arte num mesmo local, num mesmo momento. À partir de agora, cada texto postado será declamado e acompanhado de uma trilha (composta por mim). Haverá também um vínculo com uma imagem, que pode ser uma ilustração, montagem ou vídeo. É natural que o intervalo entre as postagens seja maior mas estou trabalhando para que a experiência dos que se aventuram a navegar neste conteúdo seja cada dia mais rica e interessante.
Um abraço a todos!!!
Paulo Rori
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A imagem de nós - by Rori 28_07_10
Somos o que acumulamos em nossa jornada...
Tudo o que juntamos em nossos cofres
o conceito que criamos em atos nobres
os tropeços, os deslizes, as maledissências
os conflitos, as escolhas e as consequências
Somos o reflexo do que inventamos
criamos a imagem que plantamos...
Impossível desfazer
Torço para esquecer
Mudamos
mas como provamos?
Crescemos
mas como mostramos?
A escrita na página foi registrada
Podemos virá-la, nunca apagá-la
Podemos fugir, trocar a paisagem, os personagens
mas ainda somos nós
carregando o passado, as conquistas e as bobagens
A felicidade em instantes
eternizados na memória
para consultas constantes
o resto é história
Somos heróis e bandidos
de uma saga por nós mesmos escrita
Temos a pena e o nankin
nos cabe imaginar o caminho e o fim...
Tudo o que juntamos em nossos cofres
o conceito que criamos em atos nobres
os tropeços, os deslizes, as maledissências
os conflitos, as escolhas e as consequências
Somos o reflexo do que inventamos
criamos a imagem que plantamos...
Impossível desfazer
Torço para esquecer
Mudamos
mas como provamos?
Crescemos
mas como mostramos?
A escrita na página foi registrada
Podemos virá-la, nunca apagá-la
Podemos fugir, trocar a paisagem, os personagens
mas ainda somos nós
carregando o passado, as conquistas e as bobagens
A felicidade em instantes
eternizados na memória
para consultas constantes
o resto é história
Somos heróis e bandidos
de uma saga por nós mesmos escrita
Temos a pena e o nankin
nos cabe imaginar o caminho e o fim...
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Sopa de Letras - Improviso 3 - "O Sonho da Vida Real" - By Rori 22_07_10
Me perco em rotas com vias descritas indicando a direção
Me guio nos sentidos, impulso bravio nos caminhos do coração
Meu livre arbítrio, decisões incertas
Me esquivo, me safo em jornadas desertas
Se clamo é em nome do desespero
defendo as conquistas com esmero
Acredito. Minha fé é o meu refúgio
e sobrevivo, na palavra o meu escudo
Busco parceiros, um ombro amigo
fiéis confidentes, para os segredos o abrigo
Disperdício de confiança
provas de que resta esperança
E por fim, medidas insensatas
alvoroço, furdúncio em mentes pacatas
Sou um tolo em crer em mim mesmo?
Serão os meus sonhos sonhados a esmo?
Não... É evidente que não!
Realizações são antevistas, sonhadas...
Sonhos mostram o objetivo, ações traçam o caminho
Me resta seguir. Seguir em frente, seguir o sonho
viver cada percalço, brindar a cada superação
fortalecer com o que enfraquece e ressurgir a cada dia
mais atento aos caminhos e vivendo cada vez mais intensamente
o sonho da vida real...
Me guio nos sentidos, impulso bravio nos caminhos do coração
Meu livre arbítrio, decisões incertas
Me esquivo, me safo em jornadas desertas
Se clamo é em nome do desespero
defendo as conquistas com esmero
Acredito. Minha fé é o meu refúgio
e sobrevivo, na palavra o meu escudo
Busco parceiros, um ombro amigo
fiéis confidentes, para os segredos o abrigo
Disperdício de confiança
provas de que resta esperança
E por fim, medidas insensatas
alvoroço, furdúncio em mentes pacatas
Sou um tolo em crer em mim mesmo?
Serão os meus sonhos sonhados a esmo?
Não... É evidente que não!
Realizações são antevistas, sonhadas...
Sonhos mostram o objetivo, ações traçam o caminho
Me resta seguir. Seguir em frente, seguir o sonho
viver cada percalço, brindar a cada superação
fortalecer com o que enfraquece e ressurgir a cada dia
mais atento aos caminhos e vivendo cada vez mais intensamente
o sonho da vida real...
sábado, 17 de julho de 2010
Dissonâncias - by Rori 17_07_10
Notas dissonantes bombardeiam o tema da minha vida. Em meio a esta complexa harmonia nem sempre consigo identificar o que é preparação, passagem ou repouso. Não entendo o meu próprio tempo e, guiado por um maestro invisível, vivo improvisando. Às vezes me sinto num caminhar sincopado. Sigo crente que encontrarei o meu apoio no compasso seguinte, e tudo então fará sentido. Quantas vezes não me foi exigido sextinas quando semínimas era o máximo que eu conseguia. Por vezes floreio, outras tantas quase me perco entre intervalos e acidentes, mas a melodia segue. Tem que seguir. Acredito sempre que a mais bela passagem estará logo adiante na pauta. Que o Sol da clave ilumine os meus passos entre sustenidos e bemóis e que por fim a minha história soe como uma bela canção...
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sopa de Letras - Improviso 2 - "Contra-Dissências" - By Rori 13_07_10
Tenho medo de perder mas tenho muito mais medo de nunca ter...
Tenho sede de beber mas tenho muito mais sede de viver...
Acho estranho ficar só mas todo estranho é meio sozinho...
Acho que gosto de uma canção mesmo sem saber sequer o refrão...
Digo que estou satisfeito mas meu instinto é a caça...
Digo que quero abrigo mas em teu colo quero mesmo é carinho...
Se beijo tua boca quero tua saliva mas te molhas com outros fluídos...
Finjo que te abraço por carinho mas o tesão é uma forma de carinho?
Digo que ouço mas não te dou ouvidos...
Acho que te quero quando na verdade te preciso...
Tenho sede de beber mas tenho muito mais sede de viver...
Acho estranho ficar só mas todo estranho é meio sozinho...
Acho que gosto de uma canção mesmo sem saber sequer o refrão...
Digo que estou satisfeito mas meu instinto é a caça...
Digo que quero abrigo mas em teu colo quero mesmo é carinho...
Se beijo tua boca quero tua saliva mas te molhas com outros fluídos...
Finjo que te abraço por carinho mas o tesão é uma forma de carinho?
Digo que ouço mas não te dou ouvidos...
Acho que te quero quando na verdade te preciso...
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Espelhiências - By Rori 08_07_10
Quem somos diante do espelho?
Quem reflete quem?
Quem reflete quem?
O reflexo é a imagem invertida,
o oposto perfeito,
sem rosto ou efeito,
sem causa ou vontade,
apenas repetição, efeito óptico,
infindável, apocalíptico.
No espelho vemos quem queremos ser.
No espelho choramos por quem somos.
Eternizar o presente
eu desejo durante o gozo.
o oposto perfeito,
sem rosto ou efeito,
sem causa ou vontade,
apenas repetição, efeito óptico,
infindável, apocalíptico.
No espelho vemos quem queremos ser.
No espelho choramos por quem somos.
Eternizar o presente
eu desejo durante o gozo.
Aniquilar o presente
eu desejo quando sangro.
eu desejo quando sangro.
O choro descarrega a tristeza.
O flagelo limpa a conciência.
Diante do espelho somos maiores,
vemos um mundo dentro de nós mesmos.
Somos arquitetos de interiores,
mudamos tudo o que diverge.
Diante do espelho somos maiores,
vemos um mundo dentro de nós mesmos.
Somos arquitetos de interiores,
mudamos tudo o que diverge.
Mas click em "salvar"
ou ao sair da frente do espelho
voltará a ser você mesmo...
ou ao sair da frente do espelho
voltará a ser você mesmo...
terça-feira, 6 de julho de 2010
"O tempo e o Saber" - by Rori
Minhas ilustrações são montagens feitas à partir de fotos do meu arquivo pessoal e imagens recolhidas na internet. Trata-se de Arte sem fins comerciais.
Sopa de Letras - Improviso 1 - "O Passo" - By Rori 06_07_10
Um passo. É apenas um passo dentre tantos outros perdidos no espaço, nem sei porque faço se às vezes não vou em qualquer direção, será contradição? Não sei se eu acho, será régua ou compasso a marcar o meu rumo, se perco meu prumo a quem devo clamar? Se clamo me prendo por tanto esperar. A espera me cansa, logo me alcança, esperança desfeita no ar. Palavras desconexas soltas em frases perplexas à espera de compreensão. Duro é crer que outro lhe traga a tradução. Dos sentimentos, sofrimentos, anseios e receios seus. Um controle-remoto guia seus passos e torna cada vez mais remota a chance da redenção. Render-te à ação. Ação dos ventos, do tempo. Você envelhece. Teu corpo já padece. Não responde mais como antes. O que era tão simples, natural, hoje é um sonho, prazer artificial. O que te contenta? Deliras hoje ao ver glúteos em movimento. Antes somente saciavas depois da foda e o arrebento. Cruel é a caminhada do tempo. Principalmente quando ele resolve correr enquanto você ainda conta os passos. Agora, um passo não é apenas mais um passo dentre tantos outros...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
"ILUMINAÇÃO" by Rori
Minhas ilustrações são montagens feitas à partir de fotos do meu arquivo pessoal e imagens recolhidas na internet. Trata-se de Arte sem fins comerciais.
Receita de Mim - by Rori 05_07_10
Tem que me querer tanto ou mais que eu te queira. Tem que me entender quando nem eu mesmo me entendo. Tem que saber esperar mas não me deixar desistir. Tem que estar ao lado sem sufocar. Tem que ser ausência presente. Tem que sorrir quando procuro conforto. Tem que fazer silêncio quando os meus pensamentos gritam. Tem que dizer com o olhar tudo o que eu não quero ouvir. Tem que dar e exigir receber. Tem que me tirar da zona de conforto. Tem que estar ao meu alcance nas noites frias. Tem que parecer carente mesmo quando me protege. Tem que ser minha última visão ao adormecer e a primeira ao despertar. Tem que gozar junto nem que pratiquemos a vida inteira até conseguir. Tem que dormir no meu peito, sonhar o meu sonho e cantar a minha canção. Tem que sonhar com o amanhã e me fazer enxergar. Tem que ser doce nos momentos amargos. Tem que ser você. O que se ganha com isso tudo? Alguém disposto a aprender a SUA receita e temperá-la com esse tal de Amor...
domingo, 4 de julho de 2010
Muito prazer: Blues!!! - by Rori 04_07_10
Eu tinha 16 anos. Adolescente em pé de guerra com o mundo, tinha um olhar crítico e comentários ácidos sobre praticamente tudo. Passava horas do meu dia trancado no quarto tocando guitarra e ouvindo rock pesado. Ensaiava com a minha banda à noite e virava a madrugada com meus amigos e garotas. Tinha uma postura metal, embora já tivesse passado por fases dark e punk. Enfim, era, para a época, um adolescente normal. Vou falar sobre a influência de alguns discos na minha vida. Sempre estudei a história do rock e sabia da sua raíz no blues, mas até então não tinha nenhum ídolo, nenhuma referência importante. Havia assistido a um show do Robert Cray e só. Clapton? Preferia a fase pop. Um belo dia fui a minha loja de discos de sempre e encontrei um novo disco de um dos meus guitarristas favoritos: Gary Moore. Roqueiro dos bons, na ativa desde os anos 70, tocou no Thin Lizzy e tinha uma respeitável carreira solo. Seu disco anterior "After the War" era um petardo! Comprei sem pensar. Chegando em casa, corri para o meu quarto e o coloquei no meu velho Gradiente. O grande barato dos discos de vinil era o prazer de curtir a capa. E esta era linda. Na frente, o retrato, em preto e branco, de um garoto sentado na cama empunhando uma Gibson Les Paul. À sua volta uma vitrola e velhos discos de vinil de mestres do Blues. Um clima totalmente anos 50. No verso o Gary Moore, na mesma posição, aparentemente no mesmo quarto, com a mesma guitarra, mas nos dias de hoje, cercado por CDs e coisas modernas. Uma linha do tempo maravilhosa. Seria o Gary Moore voltando às raízes ou o garoto que nunca deixou de existir? O disco começa a tocar. O que era aquilo? Que energia! Um som crú, básico... A sua voz forte era embalada por uma harmonia simples mas contagiante. Solos e mais solos rasgavam as canções, incendiando, dando o tempero. Fui definitivamente apresentado ao Blues. Ao Rithm'n'blues na verdade mas isso pouco importa. Este disco foi a chave para que eu buscasse conhecer outros tantos álbuns e músicos mas principalmente, fez do Blues uma influência fundamental na minha forma de tocar, na minha vida. Chorei ouvindo pela primeira vez o solo de "Still got the Blues" e me emociono até hoje. "Tanto tempo, foi há tanto tempo mas eu aindo fico triste por você..."
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Divagação sobre o Erro - by Rori 02_07_10
Como você reage ao erro? A reação é a mesma para os seus erros e o dos outros? O que são? Porque ocorrem? Errei, e agora? Nem sempre temos uma segunda chance por isso é necessário respeitar o ERRO. A sensação de acertar, conseguir algo "logo de cara" é ótima. Mas é passageira. Quantas vezes você não atribuiu o sucesso à sorte, ao acaso, estar na hora certa no lugar exato? Simplesmente disse "- fui feliz..."? Parabéns você conseguiu! Agora, por gentileza, repita. Pois é. Vai tentar fazer tudo igual, mas não sabe exatamente quais foram os elementos, os detalhes que te levaram até lá. Não analisou possibilidades. Não sabe sequer se este é o melhor caminho para o êxito. O erro te faz pensar o porque não deu certo, te mostra as consequências de cada ato, te faz buscar alternativas, te faz pensar. O medo de errar te deixa atento, cuidadoso. O excesso de segurança, de confiança te deixa exposto, vulnerável a qualquer interpérie. Isso não é uma apologia ao erro, ao contrário! Penso apenas que ninguém deve se martirizar ou desistir por conta dele. Quem erra o faz porque estava procurando o acerto. O omisso não erra. O omisso não se dá a chance de acertar. É natural errar. Pode acontecer por falta de preparo, atenção, às vezes por conta do imponderável. A repetição de um mesmo erro sim, esta deve ser totalmente atribuída a você. É a prova de que não deu a devida atenção. Não se penalize, mas também não fique passivo diante dele. O incômodo vai te fazer procurar os porquês. Nenhum acerto lhe garante o caminho do sucesso mas o erro, este sim, te deixa atento aos deslizes e ajuda na construção de um caminho sólido ao êxito. Rumo ao Sucesso.
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